Bairro Centro de Recife

O Bairro Centro de Recife localiza-se no centro da cidade do Recife, capital de Pernambuco, Brasil. Existe ainda um Centro Histórico Expandido: a chamada “Zona Norte”, que corresponde precisamente ao noroeste do município.

No centro histórico recifense está o Marco Zero, ponto onde surgiu o povoado da “Ribeira de Mar dos Arrecifes dos Navios”. Representa, em conjunto com os sítios históricos de Olinda, Igarassu e dos Guararapes, um dos principais roteiros de arte barroca do Brasil, sendo alguns dos seus templos os mais antigos de diferentes ordens religiosas no país.

Centro de Recife

Mais antiga entre as capitais estaduais brasileiras, o Recife surgiu em 1537 nos arredores do maior porto exportador do Brasil Colônia durante o ciclo da cana-de-açúcar. Contudo, só veio conhecer desenvolvimento significativo após a invasão holandesa de 1630, quanto tornou-se sede da colônia de Nova Holanda, sobrepujando então a vila que o originou, Olinda — destruída pelos batavos.

O Recife é o único dos cinco patrimônios barrocos do país que não possui o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Em que pese o fato — atribuído à demolição e descaracterização da maior parte do seu centro histórico —, a capital pernambucana possui exemplares de arquitetura religiosa de excepcional importância, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Por não abrigar a sede da igreja católica no Brasil, o Recife teve seus templos barrocos construídos às expensas de abastados comerciantes e senhores de engenho locais.

Bairro Centro do Recife Edifícios Religiosos Católicos

No Centro Histórico do Recife estão situados edifícios religiosos como a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio, a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, a Basílica e Convento de Nossa Senhora do Carmo, a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, o Convento e Igreja de Santo Antônio, a Capela Dourada, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, a Igreja Madre de Deus, a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Congregação Mariana, a Igreja do Divino Espírito Santo, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja de São Gonçalo, a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, a Capela da Jaqueira, a Igreja de São José do Ribamar, a Igreja de Nossa Senhora do Terço, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a Igreja de Nossa Senhora do Livramento dos Homens Pardos, a Igreja Matriz da Boa Vista, a Basílica da Penha, dentre muitos.

Centro Histórico do Recife Administração Pública e Entidades Filantrópicas

Há importantes edifícios históricos utilizados pela administração pública (direta e indireta) e por entidades filantrópicas, como os neoclássicos Teatro de Santa Isabel, Mercado de São José, Casa da Cultura, Hospital Pedro II, Hospital Ulysses Pernambucano, Palácio da Soledade, Assembleia Legislativa de Pernambuco e Ginásio Pernambucano, e os ecléticos Palácio do Campo das Princesas, Palácio da Justiça, Quartel do Derby e Faculdade de Direito do Recife, entre outros.

O Teatro de Santa Isabel, projetado pelo engenheiro fourierista francês Louis Léger Vauthier, foi inaugurado em 1850, e é um dos poucos exemplares do genuíno neoclassicismo erguidos no país na primeira metade do século XIX. Vauthier chegou às terras brasileiras em 1840, uma época de mudanças no Recife, que pretendia alterar suas feições portuguesas de cidade recém-saída da época colonial. Pernambuco decidiu então construir um teatro na sua capital. Como não havia profissionais qualificados no Brasil, a província promoveu a vinda de engenheiros, matemáticos, técnicos e operários europeus.





Centro do Recife Centro Histórico Expandido

O Recife possui um Centro Histórico Expandido. É a Zona Norte da cidade, uma região nobre a noroeste do Marco Zero do município. Trata-se de uma área de povoação muito antiga, da qual fazem parte bairros tradicionais como Casa Forte, Parnamirim, Tamarineira, Jaqueira, Poço da Panela, Apipucos, Casa Amarela, Espinheiro, Graças, Aflitos, Derby e Madalena, alguns deles ocupados desde o século XVI.

No Centro Histórico Expandido estão situados importantes centros culturais do Recife. A Rua Benfica no bairro da Madalena, conhecida como a “rua dos palacetes”, abriga antigas casas de veraneio da nobreza pernambucana edificadas no século XIX como o Solar do Benfica (atual Clube Internacional do Recife), o Palacete do Benfica e o casarão de número 286 (um raro exemplar da arquitetura sarracena no Brasil), além do Museu da Abolição que é vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus e se dedica à preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial dos afrodescendentes. Outros logradouros que se destacam pelo número de palacetes oitocentistas são a Avenida Rui Barbosa no bairro das Graças, onde estão localizados por exemplo o Museu do Estado de Pernambuco, a Academia Pernambucana de Letras e a Mansão Henry Gibson (mais antiga construção neomanuelina do país, de 1847); e a Avenida 17 de Agosto no bairro de Casa Forte, onde está situado, dentre outros, o solar da Fundação Joaquim Nabuco. Em Apipucos, a Fundação Gilberto Freyre funciona na casa onde viveu o escritor, sociólogo e pensador Gilberto Freyre, e tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento político-social, científico-tecnológico e cultural da sociedade brasileira tendo como referencial a obra freyriana. Há também algumas praças tombadas pelo IPHAN, como a Praça de Casa Forte (primeiro jardim público concebido pelo renomado paisagista Roberto Burle Marx), a Praça Euclides da Cunha e a Praça do Derby.

Centro Histórico do Recife Demolição

A maior parte dos edifícios coloniais do Recife foi demolida e descaracteriza, e quase todo o antigo traçado urbano recifense perdeu-se com as obras de modernização empreendidas na cidade. Entretanto, ocorrem agressões ao patrimônio histórico desde o período colonial. Casos emblemáticos são o do imponente Palácio de Friburgo, sede da colônia de Nova Holanda construída por Maurício de Nassau e demolida entre os anos de 1774 e 1787 tendo por justificativa os danos sofridos durante a Insurreição Pernambucana, e o do Palácio da Boa Vista, que era o local de repouso e lazer do Governador do Brasil Holandês.

Mas foi a partir dos primeiros anos do século XX que a destruição do centro histórico tomou maiores proporções. O Largo do Pelourinho do Recife (Largo do Corpo Santo) e diversos outros conjuntos coloniais foram completamente demolidos. Ainda na primeira metade do século XX, foram construídas avenidas como a Guararapes e a Conde da Boa Vista, que exigiram muitas demolições, a exemplo da Capela Anglicana do Recife. Na década de 1970 ocorreu a maior e mais vasta ação demolidora sofrida pela cidade: a abertura da Avenida Dantas Barreto (1971-1973), quando centenas de sobrados coloniais foram eliminados e, para permitir a conclusão da obra, o então presidente Emílio Garrastazu Médici destombou a Igreja dos Martírios — que era protegida pelo IPHAN —, permitindo a sua destruição.

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